Guarda Municipal resgata mais de 500 galos mantidos para rinhas em Estância Velha
Ação ocorreu após denúncia de maus-tratos a um cão e revelou cenário de crueldade envolvendo aves usadas em combates clandestinos
Publicado em 15/05/2025 às 15:48
Atualizado em 15/05/2025 às 15:50
Capa Guarda Municipal resgata mais de 500 galos mantidos para rinhas em Estância Velha

Foto de Marcos Batista /Guarda Civil Municipal

Uma operação da Guarda Municipal de Estância Velha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, resultou no resgate de mais de 500 galos utilizados ilegalmente para a prática de rinhas, além da prisão em flagrante de um homem por maus-tratos a animais. A ação foi realizada na quarta-feira, 14 de maio, em uma chácara localizada no município.

A investigação teve início após denúncias de que um cão estaria vivendo em condições degradantes no local. Durante a apuração, os agentes utilizaram drones para obter imagens aéreas da propriedade, o que revelou diversas irregularidades e evidências da prática de rinhas de galos.

Segundo os agentes, os galos estavam confinados em gaiolas individuais, e dois deles apresentavam lesões compatíveis com confrontos recentes. Um dos animais foi encontrado dentro de uma arena com biqueira, esporas de borracha e colete protetor — equipamentos típicos utilizados em rinhas clandestinas. Além disso, foram encontrados medicamentos veterinários, supostamente usados para aumentar o desempenho dos galos durante as lutas.

A denúncia inicial também se confirmou: um cão vivia preso em um canil sem água ou acesso externo, alimentado exclusivamente com carcaças de galos em decomposição, jogadas por cima da cerca.

O espaço estava repleto de fezes, penas e resíduos orgânicos. Um veterinário da Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal avaliou o animal e confirmou o quadro de maus-tratos graves.

O responsável pela chácara foi detido e levado à delegacia, onde responderá por crime de maus-tratos com agravante, conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais. As aves e o cão foram encaminhados para avaliação veterinária e, posteriormente, para locais de acolhimento.

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Almir Felin