Uma megaoperação deflagrada na manhã desta terça-feira (29) pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Cruz Alta, no noroeste do Rio Grande do Sul, resultou na prisão de ao menos 16 pessoas envolvidas com uma organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.

A Operação Remap, que contou com a participação de mais de 300 policiais civis, está sendo realizada simultaneamente em quatro estados brasileiros. Até o momento, 12 prisões foram feitas em Cruz Alta, uma em Santa Maria (RS) e duas em Santa Catarina. Foram apreendidas armas, celulares e outros materiais que serão analisados pela investigação.

A ofensiva é resultado de quase um ano de apurações, iniciadas após a apreensão de R$ 88 mil em espécie durante abordagem da Brigada Militar em julho de 2024. O dinheiro estava com um dos investigados. A partir dali, a Polícia Civil identificou uma rede de pessoas e empresas envolvidas na movimentação ilícita de recursos e envio de drogas à região noroeste gaúcha.

Mais de R$ 40 milhões em dois anos

Segundo as autoridades, o grupo movimentou mais de R$ 40 milhões em cerca de dois anos, utilizando pessoas físicas e jurídicas de fachada para esconder a origem ilícita do dinheiro. A distribuição de drogas envolvia grandes carregamentos, incluindo mais de 100 kg de cocaína e entorpecentes sintéticos oriundos do litoral catarinense.

Entre os alvos da operação está um homem que residia em uma cobertura duplex de luxo em Balneário Camboriú (SC). Ele também possui imóveis em Cruz Alta e, até o momento, segue foragido.

Ação segue em andamento

A Operação Remap cumpre, ao todo, 54 mandados de busca e apreensão e 18 mandados de prisão preventiva. As ações ocorrem em Cruz Alta, Santa Maria, Porto Alegre, Foz do Iguaçu (PR), São Paulo e cidades do litoral de Santa Catarina.

A Polícia Civil afirma que as investigações continuam e novas prisões podem ocorrer a qualquer momento.

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